terça-feira, março 13, 2007

Lua Azul



Na penumbra azul de uma noite escura
candeia forma iluminada
ofusca a pele de quem antes não via nada
mostra-te nua de sorriso inabalado

Torta sombra recobre este rosto
fortes são os contornos
O corpo moço e formoso
Alumia à bela, luz azulada...

Rude

Me devoram emoções sobre o peito
De uma alma que antes amante
Hoje carcomida por dezenas de desencantos
Sofre o curtir do desespero

Penada anda por ruas desertas
Calçando trechos em seus buracos
Remendando o que dantes despedaçava
Revestindo de rocha e calcário
Sua carne crua, pura e fraca, putrefata

Endurece tua alma, vá endurece
Que desta vida, sentimentos não há qual valha
Seque a fonte! Enterre no olhar terno tua alma
Veja de longe a grande guerra da vida humana
Esconde em teu peito os vestígios da última lagrima

Vá para estrada
Não deixe que te façam mais um estorvador
Não deixem que te matem
A verdadeira chama da experiencia que engrossa nossa alma
Vem do trepidar diário ao caminho da velhice que nos aguarda
E guarda!


Não acredite no que dizem sobre a fuga
Foge pra viver longe do que não lhe agrada
Esquece a espécie servil que é o homem
Faça direito o que ele finge não ver fazer
Caminhar nesse curto tempo em direção ao nada !

domingo, março 11, 2007

As peças do LEGO eram minhas mas nao gostava

Algumas peças nunca se encaixaram
Algumas cores não combinam
O que seria da vida sem a diversidade?
O que seria da vida sem a vida,
Esse trecho por onde andamos de passagem...

Passagem foi o que significou
E não é necessária resposta
E de maneira nenhuma se importe se algum dia
foi uma cor que nunca brilhou

A verdade é q só foi bom quando se doou
Quando foi que isso aconteceu?
Nem por um dia só durou
Já faz tanto tempo que esse tempo passou

É passado, não volta... morto e enterrado
Fica mais distante a cada passo
E como sou generoso,
quero ver esse mundo largo.