sábado, julho 26, 2008

Da Prosa à Poesia

Finda a noite em sol nascente
Crepúsculo das estrelas.
Torpe o álcool
circunda nossas veias
Rege nossa dança
Nossos suores
Nossos beijos

Ósculos de nossos sexos
Objeto
De nossos prazeres

Entrega-se em delírio
Na força nula de bêbeda
Passa o tempo
Passa o álcool e muda-se o texto. Já não tem a forma de antes.
Já não é mais espontâneo, já não soa como seus pensamentos. Agora se apresenta como arranjo, mostra-se forjado como a prosa em texto. Já não tem mais poesia é só conveniente. Como pode ser assim? Não deixar fluir a paixão, falsear a sensação é como ignorar metade do corpo, senão ele inteiro.
Agora arquiteta, palavra por palavra. Toma o cuido com sua expressão afim de fazer dela o mais apropriado. Preserva-se assim diante de uma mascara, mascara essa que vã, não a desprotege de nada? Estranha e doce é a ilusão, as vezes achamos que enganamos nosso âmago. Mas à face oculta das razões de nosso sentimento e esquecimento não conseguimos dissimular por completo, jamais, em nossas expressões.

3 comentários:

amanda costa disse...

OI LEON.
eu entendo porque vc acha que está sem inspiração: 5 blogs pra atualizar não é mole.
mas qual é a frase? vc me bloqueia no msn, nunca te vejo on-line. tem que pedir permissão, além de creditar meu nome, hein.. e o concurso? arrasou?

beijos! e boa inspiração!

Victor Meira disse...

Bela, leon!
Gostei pacas do texto.

tomazmusso disse...

"nada chegará ao nosso intelecto sem ,primeiramente, passar pelos nossos sentidos" não sei de quem é a frase, mas é boa né? Abraço