Não me ensinaram a querer
Desejar ter as coisas
Talvez por isso viva constantemente um vazio em mim.
Vazio de todas as coisas
Que nunca quis.
O tempo passou
E ganhei sem esforço,
talvez as custas das poucas posses,
sabedoria
A dor de não aparecer,
a falta de prestígio por não competir
o lugar ao qual somos levados
naturalmente
pela falta do querer
O Canto
talvez por isso, sempre canto
Talvez seja esse meu único encanto
Mas, sempre a espreita
Olhando atento os passos alheios,
sem ser notado
Me satisfiz de mim mesmo
E hoje vejo.
Mais longe,
mais claro
e de sorriso cheio.
Muitos quereres nos faz perder
e nos perder de nossa natureza.
Não há razão...
fugir.
Essa senão
a maior de todas as fraquezas
Talvez sejam apenas pessoas diferentes.
Sendo o canto o centro de outro alguém.
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