
Para onde passam os pássaros?
Por sobre passos de quem em sonhos passados
Sonhava que voava por sobre as arvores
Mas agora é tarde, passos passam apressados
Não voam longe, não escalam montes
Não apreciam verdes Prados
Prisioneiros de rotinas diárias
Descontentes com seus trabalhos
Encarcerados, sufocados, encerrados!
Ruas: estreito de enormes prédios e ares pesados
Grandes cidades, pequenas pessoas, muita desigualdade
Não são formigas e nem comem asfalto
São carne viva vivendo em civilidade
Um comentário:
uhm... adorei prncipalmente as duas primeiras estrofes... lembrei, para o desfecho do poema, algo como isso aqi, ó:
O Pardalzinho
O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!
Manuel Bandeira
bjo.
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