Quando calço meus coturnos
Quando visto minhas calças
Quando vejo o passado virar presente
Volto a ser mero rebelde adolescente
Aquele mundo adulto de fantasia
Que só as crianças que não encontram verdade
Entre responder e ter responsabilidade
Perdem o tempo revolvendo-se de paixões perdidas
Miseráveis criaturas. Meus coturnos...
Porque ainda os visto?
Pra que cometer esse ato
voltar a ser sempre aquele errante?
Com os pés no chão crio raízes.
Não erro em vão
Alongar-me das profundezas aos mais altos galhos
Demora tempo e demanda trabalho.
Para uma arvore florescer
Muito do chão por baixo da verde relva
Esticando seus negros galhos pra cima da floresta
Tem de absorver
Na divisa entre o Céu e a Terra
O seu espirito, semente, fonte de sua vida
Alimentado e alimentando todas as matérias
Tem de permanecer
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