
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Decadenticidade
Esqueci dele ali do meu lado
Deitado no chão
Não via mas crianças na rua
Cheirando cola, solvente e se matando
Deixei de lado o amor e a amizade
O interesse, o desprezo e ganância me valem mais
Passo despercebendo pela rua
Sendo despercebido por necessidade
Tenho medo
Medo que me usurpem
Medo que me matem
Medo de mim mesmo e de minha ignorância
Medo do meu desprezo pelo humano
Medo da falta de humanidade
Recíproca é a relação desta grande cidade
Uns ignoram e outros matam
Pois são ignorados
Rio de Janeiro, talvez São Paulo
quinta-feira, novembro 08, 2007
Lã, jogo, tempo, Sou de espadas
-- Enquanto aos novelos, cordões e barbantes?
-- Não deu para desfazer os nós, mas já foi todo desenrolado.
quarta-feira, outubro 17, 2007
segunda-feira, agosto 13, 2007
8.
Fracos são os que fingem fortes e dizem à dor: não.
Não ha força em enganar-se, mas ha força em saber que nao há força
Força é superação!
Eu minto pra mim mesmo. Sou bonito, perfeito.
Fracos são todos os outros que não eu, já eu de fraco tenho nada. Não perco, não choro, não sofro, não durmo, não acordo, não vivo, não morro, não enxergo - a mim mesmo não supero –
Sou insuperável, morro diante do pretérito. Não me movo, sim sou forte. forte como um touro, me rendo ao capuz vermelho que flameja ao braço de um outro. Ao abraço de um outro. Só há abraços se há um outro.
Não ha laços nem então tao pouco abraços.
Dor, amor, rancor, cor... cor... me prendo à cor
Acordo, acordo dentro do amor. há um acordo mudo no olhar de todo autor ha um acordo. Acordo mas é hora de dormir pois, todo acordo está fadado à ruir. Se acordo, acordo para o fato de que não há porque pra que nem pra onde fugir.
Tudo está posto como está! Goste ou não goste. Gosto do meu gosto.
sábado, agosto 11, 2007
Ação-Concentr-Ação
.............Concentra
.....................Concentra
...........................CONCENTRA
COooOoceeeeMtraaaaaa
cooooonnnnnceiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiintra
Ufs ufs
coooonnceiii-i-i-i-i-ntra
......respira
.............respira
......................pira
..........................nao
................................pira
................NAO PIRA!
Aff... Aff...
..Passou...
quinta-feira, junho 28, 2007
Que dia é hoje ? (insônia)
Hoje eh dia de chorar
To precisando mudar
Uma viagem
Um novo encontro
Um novo rosto
Um belo monte
Hoje áh. hoje eh dia de chorar
Chorar pela bela passagem
Pela beleza áurea e púrpura
Pela rima imprópria
Pela carne viva e crua
quarta-feira, maio 30, 2007
Amando amanda
Amando amanda
Mando-me
Ao mando de quem amo
Amo amanda
Amo-me amando
Mando e desmando
Nesse amor desumano
domingo, maio 27, 2007
Passado é Passado
Não sei o que falou, nem quero mais saber do que falei...
Quero saber do que falo agora...
Um silêncio profundo, um momento em que o mundo. Pararia por uma hora.
Som singelo esse de quem some soprando baixinho no meio ruidoso, de quem troca inteligentes frases que transformam nossa história.
E fazem história
Transforma então essa, em que duas almas, que: "quem sabe do que são?", atormentadas passem então ao lado amado e amável agora!
Ah... Quem me dera pra lá ter passado, mas quem sabe num próximo instante
Não acontece esse erro acertado no coração de um amante ou, quem sabe, uma amante?
Amantes são os que amam
E que são amados.
Namorados namoram
Casais casam
Dos que se perdem e se pegam em dionisíacas noites depravadas
Usam-se e usam outras ... nessa Droga.
Prefiro os que se perdem dos outros
Pois busco os frutos
Doces, vivos e deliciosos
E viver apenas a vida e suas glórias
sexta-feira, maio 18, 2007
Indo E Vindo (Paixão)
E sofro por ter de te ver partir
Faço sofrer seu sôfrego coração
Me perco nas incertezas insólitas de minha solidão
Morro um pouco, talvez metade
Mas, morro! Morro em vão
Não à mim, Não, ao meu avaro perdão
Perco em dizer que sim
Perco-te por ter de dizer não
quinta-feira, maio 17, 2007
quarta-feira, maio 16, 2007
Talvez nunca mais seja lido
O Livro por traz do embrulho
Perdida pra sempre as letras
Esquecidas na poeira de uma prateleira.
Sorte terá se te comerem as traças
Pra tirar-lhe de vez desse tédio!
Ou quem sabe nao te rouba
Um dos bebados rotineiros de teu novo lar.
Nobel querido,
Sinto-me como se jogas-te ao mar!
sexta-feira, maio 11, 2007
Sólida solidão
Ao caminho do trabalho passo pelo poste e é como se não
estivesse lá
Não sinto nada, só a falta
Sentindo não sentir nada
Sento ao sol para me aquecer
Mas o frio sólido de meu peito não se aquece com seus raios
As coisas já não tem mais Cores
As belas moças já não são tão belas
A comida já não tem mais gosto
A música perdeu sua melodia e não tem mais ritmo
As Vozes estão mudas
Por dentro só há o vazio
Há um pedaço de mim que não quer voltar
Leon Latour
"se queres gozar a solidão
de todas as mulheres.
Não busques
a companhia de ninguém.
Não te inclines
sobre dor alguma
Não participes
da alegria alheia"
Omar Khayyam
quinta-feira, abril 26, 2007
Agruras de Um Velho Bebado
domingo, abril 15, 2007
O Que a Tatuagem Não Quis Dizer
Encantou-me com seus beijos,
Quentes e úmidos.
Despiu-me de seu jeito,
Meigo e carinhoso.
Enganou-me com seu sexo,
Delicioso e perverso.
Deu-me um ano inteiro de amor.
Roubou-me a carência,
Sufocou o meu desejo.
Foi uma noite intensa
Adoro o jeito que fazem as curvas do seu corpo
Gostaria que fossem todas só minhas.
Cubro-te de elogios
Minto um pouco também
Tento trazer à nosso quarto encantamento e magia
Não vou esquecer do cheiro, das cores e nem das carícias.
Queríamos que fosse uma noite fria
E assim a fizemos
Gostaríamos que durasse para sempre
Mas ainda é impossível
Gostaria talvez de ter um filho
Quem sabe pra isso você não me sorri com o destino?
quinta-feira, abril 05, 2007
Coração
Mas só tem uma estreita porta
E há vezes em que eu perco a chave
Ninguém entra, ninguém sai
Não adianta bater e gritar
Eu não posso abrir
Nem para entrar
Quanto mais para sair
Enquanto não acho a chave
Sofro pelos que me machucam por dentro
Faço sofrer os que ficaram de fora...
Onde será que deixei a chave?
Na gaveta,
No armário,
Na sacola,
No parque?
Não acho, não acho!
Será que está naquele velho amor batido,
No ultimo caso esquecido
Na companhia que bêbado tive?
Não creio, talvez tenha jogado fora
Quem sabe tentando parar esse tempo
Frear a história
Acabar de vez com toda essa mudança que tanto incomoda.
terça-feira, março 13, 2007
Lua Azul
Rude
De uma alma que antes amante
Hoje carcomida por dezenas de desencantos
Sofre o curtir do desespero
Penada anda por ruas desertas
Calçando trechos em seus buracos
Remendando o que dantes despedaçava
Revestindo de rocha e calcário
Sua carne crua, pura e fraca, putrefata
Endurece tua alma, vá endurece
Que desta vida, sentimentos não há qual valha
Seque a fonte! Enterre no olhar terno tua alma
Veja de longe a grande guerra da vida humana
Esconde em teu peito os vestígios da última lagrima
Vá para estrada
Não deixe que te façam mais um estorvador
Não deixem que te matem
A verdadeira chama da experiencia que engrossa nossa alma
Vem do trepidar diário ao caminho da velhice que nos aguarda
E guarda!
Não acredite no que dizem sobre a fuga
Foge pra viver longe do que não lhe agrada
Esquece a espécie servil que é o homem
Faça direito o que ele finge não ver fazer
Caminhar nesse curto tempo em direção ao nada !
domingo, março 11, 2007
As peças do LEGO eram minhas mas nao gostava
Algumas peças nunca se encaixaram
Algumas cores não combinam
O que seria da vida sem a diversidade?
O que seria da vida sem a vida,
Esse trecho por onde andamos de passagem...
Passagem foi o que significou
E não é necessária resposta
E de maneira nenhuma se importe se algum dia
foi uma cor que nunca brilhou
A verdade é q só foi bom quando se doou
Quando foi que isso aconteceu?
Nem por um dia só durou
Já faz tanto tempo que esse tempo passou
É passado, não volta... morto e enterrado
Fica mais distante a cada passo
E como sou generoso,
quero ver esse mundo largo.
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Carta para Alberto (continuação)
Gosto de sentar-me à beira-mar
Mas simplesmente por poder admirá-lo sem pensar
Praticar tão bela arte que me ensinou.
Gosto de estar lá por estar e nada mais…
Acompanhado do vento, da areia, do sol e das ondas.
Feliz por nada ter a dizer para eles
E por nada ver neles alem do que são
Sol, areia, vento, mar.
Parte II
E quando levanto
Esqueço que lá estive
Pois lá era outro lugar
Agora penso em como estou
Bem em sentir-me
E sentir-me, sem pensar em nada
Sabendo que assim prosseguirei.
Sem memória. Sem passado.
Vivendo. Simples: vivendo...
Parte III
Não vivo para os outros
Nem vivo para mim
Apenas vivo.
Pois este é o único jeito
Do contrario, se houvesse outro
Teríamos um outro dizer que não fosse viver.
E sempre que lembro da grandeza deste estar
Agradeço a você, pois foi te conhecendo que aprendi...
Mas logo esqueço e continuo em meu caminho
Aquele que só quem segue sou eu.
Parte IV
Enquanto ando
Quando encontro uma encruzilhada
Escolho o rumo que me estiver mais próximo
E se puder nem vejo que eram duas as estradas
Que diferença faz os caminhos que escolhemos?
Se no passar da vida
Onde nossos olhos apreendem tudo como belo
O infinito buraco ao qual precipita o tempo
Nos previne de reviver qualquer história
Parte V
E se as vezes minha poesia é feita de rima
E se as vezes não rima
Foi porque aprendi com você
A ser livre no fazer
De pensar em poesia
Como cada frase um verso
Como o verso de cada dia
Parte VI
Mas as vezes dou voltas
Mas nas voltas que dou
Não me contradigo nem me perco
No eterno retorno do que já foi dito
Reedito o que já foi escrito
E reescrevo o que já me disse
Passo então para frente o que aprendi
De uma nova maneira
Para novamente ser lido
Esperando com isso que alguém se ilumine
domingo, fevereiro 25, 2007
Quem Sabe Você Não Me Ensina a Sorrir?
Quero ver uma palhacinha sorrir
Não uma palhacinha qualquer
Tem de ser aquela que arrependido
De estomago revolvido, deixei ir
Quero contar-lhe uma piada
Tirar sua maquiagem
Arrancar todas as mascaras
E lhe perguntar se o amor existe
Não quero ver rancor
Do erro passado de um bêbado
Que tem um coração ferido e calejado
De uma primeira história de amor triste
E não correspondida...
À Alice
ANTIGAS POESIAS
abraços e boa leitura.
Na Velocidade Da Queda...
Uma fêmea no cio
Ele sai correndo
Trai o melhor amigo
Só pra transar
Um golpe direito
Uma facada no peito
Um tiro certeiro
Acabou de lhe acertar!
Muito ferido
Pela perda de um amigo
E muito sentido
A sua mulher há de abandonar
De cima de um prédio
Morrendo de tédio
Sem um remédio
A paisagem à de admirar
No rumo do asfalto
Desde muito alto
Num golpe travesso
Da janela acaba de se atirar
No caminho pra baixo
Pensado mais rápido
Perto do asfalto
Viu que por ela não valia se matar
O amor é cego
O ato foi burro
Em apenas um minuto
Viu que ainda tinha muitas mulheres pra amar...
Já Era Tempo
A morte é certa
A vida é uma reta
Que não sabemos onde vai dar
A vida é curta
Sempre na labuta
Nunca podemos aproveitar
Caminhando Pelo Rio
Um corpo estendido na areia
Uma pedra que cai
Um momento em que tudo se clareia
Uma vida que não quero mais
Um toco de madeira que queima
Uma fogueira sempre me atrai
Um menino que mora na rua
Uma injustiça! Acho q a vida vale mais
domingo, fevereiro 18, 2007
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Os coturnos de meu tempo
Quando calço meus coturnos
Quando visto minhas calças
Quando vejo o passado virar presente
Volto a ser mero rebelde adolescente
Aquele mundo adulto de fantasia
Que só as crianças que não encontram verdade
Entre responder e ter responsabilidade
Perdem o tempo revolvendo-se de paixões perdidas
Miseráveis criaturas. Meus coturnos...
Porque ainda os visto?
Pra que cometer esse ato
voltar a ser sempre aquele errante?
Com os pés no chão crio raízes.
Não erro em vão
Alongar-me das profundezas aos mais altos galhos
Demora tempo e demanda trabalho.
Para uma arvore florescer
Muito do chão por baixo da verde relva
Esticando seus negros galhos pra cima da floresta
Tem de absorver
Na divisa entre o Céu e a Terra
O seu espirito, semente, fonte de sua vida
Alimentado e alimentando todas as matérias
Tem de permanecer
domingo, fevereiro 04, 2007
Amálgama
Minha boca sente doce gosto, teu suor.
Encontra meus olhos com teu terno olhar
Revolve um mundo em nosso redor
Na penumbra da luz mortiça
De uma vela lânguida que nos alumia
Dançam as sombras na parede
Com a chama que suavemente
Adula teus poros úmidos de desejo
No passear do toque de meus dedos
Por curvas exatas, as quais me pergunto se mereço
Degusto nos afáveis lábios o prazer de cada beijo
Imensurável prazer que me possui
De apreço inestimável e fortuno
Deleite de dizer-te minha.
Mesmo que apenas nestes humildes minutos
Em que ofegante sucumbi em minha cama
Exaurida a força, pernas tremulas e totalmente nua…
Contínua
Ao som dos estilhaços
Ouvidos argutos mostram-se vivazes
E ruídos a mais preenchem o espaço
Nas frinchas, frestas e buracos
Correm soltas criaturas
Pronunciando murmúrios de ansiedade
Com suas vidas despropositadas
E sem explicação que justifique
Se multiplicando nos diferentes caminhos que se multiplicam
Seguem sem razão nem destino
Por suas invisíveis passagens
Sucessivo movimento inexplicável
Até o momento da morte
Onde aparentemente para; a vida continua
Continua, continua e continua…
Se esgueirando por guetos sujos e limpos parques.
Retorno à Solidão ( solidão, como entidade física e feminina)
A mando Amanda
E que esse barco
Só por ti Velejado
Não volte!
Rumemos por marés opostas
E que assim continuemos
Rumando em frente
De costas
Quem sabes, assim
Não conhecerás
Mais do mundo do que eu?
Um dia podes até reconhecer
Que das mentiras me contou
Em nenhuma acreditei
E sabendo do esperto que sou
Me calei...
Esperava o momento em que me vieste com a verdade
Ela nunca veio
Mas tu foste, rumo ao mar
E assim espero que continue indo
Pois, não quero vê-la voltar.